
Tive, sim, oportunidades. Muitas. Todas que apareceram eram as melhores daquele momento. E conheço muita gente no mesmo barco que eu, atolado de experiência e tendo encarado diversas profissões, sem a coragem de admitir que a grana está mesmo curta. E que mal chega para pagar as contas do mês, ainda mais sobrar algum para tirar férias. Minha ficha caiu recentemente, quando me encontrei práticamente sem grana para bancar o Summer Camp do meu filho de 11 anos, Fred. E caiu de novo quando, culpado por deixá-lo muitas horas em casa sózinho, retomei o homme office e dei um tempo em minhas viagens ao estúdio da Videoview em North Miami, para que pudesse, algumas vezes, acompanhá-lo ao recretion center, piscina, praia, o que aconteceu muito pouco durante esse verão.
Esses dias OFF me fizeram parar para pensar o que fazer daqui por diante com meu sonho de ganhar algum dinheiro nos Estados Unidos. Sim, porque se continuar fazendo a mesma coisa de sempre, estarei ganhando o mesmo salário de sempre. E ficarei no mesmo e absurdo jogo do gato e rato comigo mesmo. O meu "eu" de empregado de mim mesmo, brigando com meu "eu" patrão.
Muitos de vocês sabem que represento, há muitos anos, os produtos da Herbalife. E que esse tempo todo, mesmo fascinado pelo sistema chamado Marketing de Rede e o salário tentador que uma grande downline pode proporcionar, nunca de verdade me atirei no mercado e no plano financeiro que a companhia prometia. Isso porque sempre trabalhei, paralelamente, em produções de filmes, documentários e comerciais. Essa é a atividade da qual tenho sobrevivido, part-time, equilibrando com meus ganhos na Herbalife.
Recentemente, um distribuidor infeliz e enfezado com seus baixos resultados, acusou o sistema de recrutamento da companhia de ser completamente ilegal e sua carta chegou a milhares de leitores via Internet. Vários de meus amigos pela vida, incluindo a cantora Kenia e o jornalista e feiticeiro Chico Moura, me enviaram uma cópia da carta e me questionaram "E aí, cara, como é que vai ficar o teu negócio com a Herbalife agora?"
Li e reli o email, pensei bastante e cheguei à conclusão que vou, sim, continuar batalhando no marketing de rede. Acredito em todos os erros cometidos pelo distribuidor infeliz e por isso, agora, com os erros dele e com os meus próprios erros, decidi ir mais longe: vou finalmente, à luta da liberdade financeira a qual esse país nos propõe. Mas de uma forma diferente, moderna, eficaz, profissional.
Eu também costumava ver o network marketing como muita gente, para mim não passava de um esquema de pirâmide, destinado a ludibriar incautos e ingênuos. E não quis trabalhar dessa maneira. No Brasil, a pirâmide é altamente praticada, pois o brasileiro é presa fácil para a famosa frase: "afinal, você não gosta de levar vantagem em tudo?" e acaba se dando mal, para a riqueza dos espertos.
Aqui nos Estados Unidos, pelo contrário. Pirâmides são ilegais. Portanto, caso você esteja neste momento, optando por fazer negócios em qualquer que seja a empresa que oferece o sistema de Marketing de Rede, preste atenção no produto, estude bastante o sistema de ganhos financeiros e cuidado na hora de escolher. Recentemente, uma empresa de telefonia brasileira, atuando em Massachusetts, teve que fechar devido a à suas operações no sistema de pirâmide. Em Boston, brasileiros foram prejudicados por alguns espertalhões que os colocaram numa pirâmide financeira e houve perdas individuais de até 12 mil dólares.
Então, mais uma vez o lembrete. Encontrem a companhia. Mas, decidam-se pelo marketing de rede. É o seu futuro esperando agora mesmo por vocês.
(Continua) Correspondência com o autor: phydiasb@hotmail.com
À sombra dos sonhos ideais (II)
O que é o Marketing de Rede?