Powered By Blogger

13.2.07

Um serrote bem afiado! (Capítulo 3)

(Recapitulação do capítulo anterior)
Zé Alfredo descobre que está sendo enganado por sua namorada, Marlucia, que pretende embarcar para Massachusetts. E jura vingança!

NOVOS CRIMES DO AMOR, Capítulo 3

Marlucia aprontou-se para a viagem sem imaginar as intenções do rapaz. Ela estava se preparando para conquistar o Mundo. Tinha decidido abandonar Zé Alfredo e já vivia em outro planeta. Ele, procurando uma maneira de seguí-la para se vingar.
Com o visto de trabalho carimbado no passaporte, a deliciosa representante do belo mundo feminino mineiro se sentiu extremamente envaidecida. Pelo emprego, pelas noites de amor com Arismar e pela possibilidade jamais imaginada, de poder conhecer a Newberry Street e o Boston Commons. Trabalhando na filial da Salgado Sports.
Chegou o grande dia! Depois de muito abraço, beijinho e "boa sorte querida", Marlúcia foi apanhada em casa por um táxi com placa de BH. Algumas amigas que a viram sair de casa, afirmaram que ela chorava muito. Algumas, achavam que é porque estava feliz. Outras, por estar triste. De uma forma ou de outra, chorava. Embarcou num avião da American Airlines em direção ao seu novo futuro
Quatro dias depois, Zé Alfredo recebeu essa carta:
"- Meu querido e inesquecível Zezinho. Eu pensei que o amava, mas descobrí que estava errada. Fui embora. Vou morar em outro país. Qualquer dia desses, mando um cartão postal. Sabe que no início eu até gostava? Lucinha."
Como o rapaz já sabia das intenções mundanas da antiga namorada, não se abalou muito. Mordeu os lábios e molhou a garganta com mais um gole da cachaça com cocacola que tomava todos os dias, pontualmente às 6 da tarde. Entrou na sinuca e encontrou de novo com o Alex. "-Está tudo arrumado. Você entrega a primeira parcela de 2 mil dólares agora e o resto só depois que chegar em Framingham".
Alex já tinha estado em Boston muitas vezes, mas sua especialidade como importador de mão de obra brasileira via México, foi logo descoberta pelas autoridades americanas e brasileiras. Depois da deportação e dos primeiros dias amargurando a dureza, um "coyote" amigo revelou a nova rota pelas Bahamas. A partir de então, Alex ficou conhecido em Ipatinga como o "rei do Caribe". Voltou a usar o seu boné verde do Boston Celtics, que era a indicação que as rotas de emigração estavam de novo abertas.
Zé Alfredo pensou em colocar um serrote bem afiado na sua bagagem. Mas era uma viagem entre Belo Horizonte e Boston. Desistiu. Ia dar muito trabalho para esconder da segurança. Teve uma aula completa de viagens dessa natureza com o amigo. Alguns dias depois, sem que ninguém da família soubesse, disse em casa que "ia alí de repente" e pegou o ônibus para São Paulo. Esperou muitas horas no aeroporto de Guarulhos, até que chegou um rapazinho com uma passagem pela Cubana de Aviación. Entrou no Tupolev já sentindo o cheirinho de rum. Em Havana, foi levado para um pequeno galpão, aonde recebeu o visto para as Bahamas e entrou num vôo para Freeport. De lá, outro vôo para Nassau. Chegou de barco numa das praias da Flórida. Mas ainda tinha muito chão pela frente. Com as indicações recebidas, chegou na cidadezinha costeira de Pompano Beach. Encontrou-se com o primo do Alex, Dejalmir, que logo providenciou a van até Connecticut. De lá, pegou o ônibus até Framingham.

Um comentário:

claudinei p disse...

Olá amigao ,mas uma vez esto aqui esfrutando do seu belicimo trabalho,sou de CORONEL FABRICIANO perto de IPATINGA e por ser vizinho de IPATINGA estou querendo saber o fim desta istória ,estou aguardando, ok?Sucesso e abraços .