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22.10.08

Fale com Ele (ou...Fale com Ela)



Muitos assistiram ao filme. Aliás, espectadores cinemáticos acima dos 15 anos de idade, deveriam assistir a todos os trabalhos de Pedro Almodovar. Existe algo, porém, que não fica claro na segunda parte, quando a jovem sai do coma. Enquanto seu enfermeiro conversava com ela, durante o coma, indo mesmo ao cúmulo de fazer sexo enquanto a garota dormia (e por isso vai em cana: só não vou “contar o final”), quando ela desperta, o cineasta não deixa claro se ela teria sonhado ou não.

Então, para esse atento locutor que vos fala, Pedrito perdeu uma grande oportunidade de caminhar pela profundidade do pensamento humano enquanto dorme (mesmo em coma profundo, como era o caso da moça do filme) e deixou que as outras personagens levassem o filme para o final, frustrando expectativas outras, pelo menos a minha.

Sei que jamais poderia concorrer com o quilate do premiado diretor espanhol, que, a meu ver, chega a desperdiçar o talento de Caetano Veloso cantando Cucurucucu Paloma para uma audiência atenta, seleta e com cara até de “aburrida”. Mas, filme é filme e roteiro é roteiro. Porém, a música poderia ter sido melhor escolhida para aquele momento…
 
Voltemos ao “sonho” da personagem. Ao falar com ela, o enfermeiro afirma que a própria o escuta, registra e grava tudo o que acontece ao seu redor. Por isso, insisto, quando ela “acorda” o espectador fica sem a continuidade e sem a sequëncia dos diálogos que foram ficando para trás, caídos no esquecimento do roteiro. E, de certa forma, arremetendo para um final inesperado. É nisso que o filme é muito bom, mesmo em decorrência da troca cêntrica da minha curiosidade em relação à personagem morta-viva.

Dormindo, a gente sonha. Está mais do que provado. Mas nem sempre lembra de tudo. Alguns sonhos nos revelam o futuro como se fossem preâmbulos do que a pessoa poderá viver e, até mesmo, daquilo que as pessoas que as rodeiam viverão. Em geral, é gravada na mente humana alguma recordação do sonho vivido e ante situações concretas, pressente o que vai acontecer, por aquilo vivenciado pelo seu espírito. Algumas dessas premonições têm a intenção de nos ajudar a superar provas e situações, assim como de mostrar ao ser humano que existe outra realidade para além da meramente humana. Às vezes, uma realidade iluminada….

Uma amiga me contou: “Sonhei que estava amamentando uma criança, um bebê lindo e quis logo saber o significado. O que o sonho pode estar querendo me dizer...que é, para mim, o sinal de um novo tempo, de novas revelações, de uma nova vida renascendo em mim”. Ela fez uma viagem astral. O que quer dizer que o sonho a levou para um outro plano, e que foi identificado em toda a sua clareza, pela própria beleza do sonho em si. Alguns diriam: um sonho onírico. Minha amiga completa: se eu não sonhasse, não saberia como viver.

O seu amor sonha. E de repente, no meio da noite, você o (a) vê mexendo-se, ou gemendo, ou conversando, ou tentando conversar com um ser imaginário. Não o desperte. Converse com ele. Fale com ela. Deixe que o pensamento o faça viajar para onde sua mente (ou seu espírito) o levam. E faça um teste na manhã seguinte. Pergunte, “você sonhou, como foi, quer contar?”. Muitos se esquecerão do momento, mas ao longo do dia ou daquela mesma semana, algo vai fazê-lo relembrar o que aconteceu naquela noite, que poderá revelar algo que possa estar contido em seu interior e que precisa ser liberado.  Como numa premonição.

Por isso, fale comigo. Pode ser pelo Messenger, porque ali sonho acordado. Mesmo que a distância que nos separa nos impeça de estarmos próximos fisicamente, a minha alma está tão ligada à sua, que, na noite passada, ao deitar pensando em você, no meio de um sonho nos vi caminhando sobre a folhagem outonal de Vermont. Estávamos de mãos dadas e sorrindo muito, paramos sob uma árvore e nos demos um longo beijo. The Beginning. Not The End!

FALE COM ELE  (ou… Fale com Ela)

Muitos assistiram ao filme. Aliás, espectadores cinemáticos acima dos 15 anos de idade, deveriam assistir a todos os trabalhos de Pedro Almodovar. Existe algo, porém, que não fica claro na segunda parte, quando a jovem sai do coma. Enquanto seu enfermeiro conversava com ela, durante o coma, indo mesmo ao cúmulo de fazer sexo enquanto a garota dormia (e por isso vai em cana: só não vou “contar o final”), quando ela desperta, o cineasta não deixa claro se ela teria sonhado ou não.

Então, para esse atento locutor que vos fala, Pedrito perdeu uma grande oportunidade de caminhar pela profundidade do pensamento humano enquanto dorme (mesmo em coma profundo, como era o caso da moça do filme) e deixou que as outras personagens levassem o filme para o final, frustrando expectativas outras, pelo menos a minha.

Sei que jamais poderia concorrer com o quilate do premiado diretor espanhol, que, a meu ver, chega a desperdiçar o talento de Caetano Veloso cantando Cucurucucu Paloma para uma audiência atenta, seleta e com cara até de “aburrida”. Mas, filme é filme e roteiro é roteiro. Porém, a música poderia ter sido melhor escolhida para aquele momento…
 
Voltemos ao “sonho” da personagem. Ao falar com ela, o enfermeiro afirma que a própria o escuta, registra e grava tudo o que acontece ao seu redor. Por isso, insisto, quando ela “acorda” o espectador fica sem a continuidade e sem a sequëncia dos diálogos que foram ficando para trás, caídos no esquecimento do roteiro. E, de certa forma, arremetendo para um final inesperado. É nisso que o filme é muito bom, mesmo em decorrência da troca cêntrica da minha curiosidade em relação à personagem morta-viva.

Dormindo, a gente sonha. Está mais do que provado. Mas nem sempre lembra de tudo. Alguns sonhos nos revelam o futuro como se fossem preâmbulos do que a pessoa poderá viver e, até mesmo, daquilo que as pessoas que as rodeiam viverão. Em geral, é gravada na mente humana alguma recordação do sonho vivido e ante situações concretas, pressente o que vai acontecer, por aquilo vivenciado pelo seu espírito. Algumas dessas premonições têm a intenção de nos ajudar a superar provas e situações, assim como de mostrar ao ser humano que existe outra realidade para além da meramente humana. Às vezes, uma realidade iluminada….

Uma amiga me contou: “Sonhei que estava amamentando uma criança, um bebê lindo e corri para tentar saber o significado. E sabe o que o sonho pode estar querendo me dizer? Que é, para mim, o sinal de um novo tempo, de novas revelações, de uma nova vida renascendo em mim”. Ela fez uma viagem astral. O que quer dizer que o sonho a levou para um outro plano, e que foi identificado em toda a sua clareza, pela própria beleza do sonho em si. Alguns diriam: um sonho onírico. Minha amiga completa: se eu não sonhasse, não saberia como viver.

O seu amor sonha. E de repente, no meio da noite, você o (a) vê mexendo-se, ou gemendo, ou conversando, ou tentando conversar com um ser imaginário. Não o desperte. Converse com ele. Fale com ela. Deixe que o pensamento o faça viajar para onde sua mente (ou seu espírito) o levam. E faça um teste na manhã seguinte. Pergunte, “você sonhou, como foi, quer contar?”. Muitos se esquecerão do momento, mas ao longo do dia ou daquela mesma semana, algo vai fazê-lo relembrar o que aconteceu naquela noite, que poderá revelar algo que possa estar contido em seu interior e que precisa ser liberado.  Como numa premonição.

Por isso, fale comigo. Pode ser pelo Messenger, porque ali sonho acordado. Mesmo que a distância que nos separa nos impeça de estarmos próximos fisicamente, a minha alma está tão ligada à sua, que, na noite passada, ao deitar pensando em você, no meio de um sonho nos vi caminhando sobre a folhagem outonal de Vermont. Estávamos de mãos dadas e sorrindo muito, paramos sob uma árvore e nos demos um longo beijo. The Beginning. Not The End!





2 comentários:

rosanic@terra.com.br disse...

Discordo de você quanto à cena do Caetano no "Fale com Ela". Para mim, é como se fosse uma homenagem do Almodóvar ao Caetano, uma vez que pára o filme e entra a música certa numa voz cristalina como nunca. É um momento tão mágico, que nem percebi a platéia "aburrida".

kiu disse...

Caro Phydias Barbosa, tudo bem?

Quero convidá-lo a fazer parte dos colunistas do Portal www.jornalismopolitico.com que vai ao ar, em versão Beta, amanhã [29]. Caso o amigo tenha interesse em colaborar; suas matérias de qualquer assunto serão postadas diariamente.

Contando com sua colaboração,

Paulo Zildene
Jornalista
DRT-MTb: 1670
e-mail: paulozildene@jornalismopolitico.com